O novo cenário para tecnologia e inovação no Brasil foi tema de uma rica discussão durante o último painel do Brasil Investment Forum, no dia 11 de outubro.  Moderado por Clifford M. Sobel, Co-Fundador do Valor Capital Group, o evento contou com a participação de Julio Semeghini, Secretário-Executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Ana Paula Assis, Presidente da IBM América Latina, Gema Sacristan, CEO do BID Invest, Andre Maciel, Managing Partners do Softbank Group International, André Ferraz, Founding Partner da IN LOCO e Bedy Yang, presidente e fundadora da 500 Startups. Na pauta, temas como a infraestrutura e a regulação de TI e Comunicações no Brasil, o cenário para investimentos em inovação e startups e o impacto de tecnologias como Inteligência Artificial e Internet das Coisas.

Bedy Yang, da 500 Startups, lembrou que há dez anos atrás apenas 27% das startups eram internacionais e hoje este percentual chega a 50%. A 500 Startups investe em 2,4 mil empresas em 70 países. “Isso nos permite ter um entendimento da inovação em todo o mundo, pelo olhar do empreendedor”, comentou. Para Bedy Yang, o Brasil vive um momento de inflexão: “há dez anos, o país era muito mais isolado. Não havia o capital que vinha depois do nosso (capital semente). Recentemente começaram a surgir os capitais de crescimento”, comentou. O Brasil tem uma população digital muito grande e em crescimento: são 160 milhões de usuários de internet, contra 80 milhões há cinco anos.

O painel também contou com a participação do Softbank, que começou as suas operações no Brasil neste ano e dispõe de 5 bilhões de dólares de capital para investimentos em startups no país. André Maciel, managing partners do Softbanck falou sobre o momento positivo do país e as oportunidades para o desenvolvimento de inovação e tecnologia. “Um ambiente propício começou a se formar no Brasil. Somos o segundo maior usuário do Uber e do Facebook. Cases brasileiros como a Stone e a Pag Seguro se tornaram sucesso porque têm amplo acesso a talentos”, comentou.

Já o secretário executivo do MCTIC, Júlio Semeghini, destacou o que o governo vem fazendo para facilitar a transformação digital que é necessária no Brasil, o que envolve investimentos em infraestrutura e melhorias na regulação. “Há uma ansiedade por facilitar a transformação digital em todo o governo, não só no MCTIC. Para isso, foi criado um comitê da Transformação Digital, presidido pela Casa Civil, secretariado pelo MCTIC e composto pelos principais ministérios, para que possamos tomar as decisões de governo necessárias, de forma rápida”, destacou.

Semeghini explicou que a primeira frente de ação do governo foi voltada para a infraestrutura de telecomunicações. Para isso, depois de cinco anos no Congresso Nacional, foi recentemente sancionado pelo Senado Federal o Projeto de Lei da Câmara 79, que prevê novo marco regulatório para o setor. “O marco antigo era totalmente focado na telefonia fixa e precisávamos de nova norma para possibilitar dezenas de bilhões de reais de investimentos em banda larga móvel e banda larga fixa por fibra óptica, para cobrir todo o país”, afirmou. O secretário completou que o decreto que regulamentará o novo marco já está praticamente pronto.

Em painel com executivos do setor privado, Ministro Tarcísio de Freitas detalhou avanços no campo das concessões de aeroportos. Debate ocorreu no Brasil Investment Forum 2019

O Brasil Investment Forum 2019, em São Paulo, foi palco de um debate sobre a importância dos projetos de infraestrutura caminharem lado a lado com as medidas que propiciam o crescimento econômico. Com a presença do Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, o painel “O novo ciclo de investimentos em infraestrutura no Brasil” teve também a participação de James Scriven (CEO da BID Invest), Donna Hrinak (Presidente da Boeing International Latin America), John Rodgerson (CEO da Azul), Marcelo Fujimoto (CEO do Mandaê) e Leonardo Viana (CEO do Grupo CCR).

Logo na abertura do encontro, que teve a moderação de Sarquis José Buanain (vice-presidente do NDB), o Ministro Tarcísio de Freitas destacou as quatro frentes de trabalho de sua pasta para incrementar os investimentos estrangeiros no Brasil: transferência massiva de ativos por meio de conexões, retomada de obras paradas, resolução de problemas que ficaram pendentes no passado e fortalecimento das agências reguladoras.

O Ministro destacou que em 2019 o Governo Brasileiro já realizou 27 leilões de concessão e disse que 2020 será um ano ainda melhor. “Porém, mais que uma lista de projetos, aprendemos com as conversas que tivemos com os investidores que precisamos mesmo é de  um ambiente de negócios com mais segurança jurídica para os contratos. Precisamos ter bons mecanismos de equilíbrio financeiro e resolução de conflitos e evitar o excesso de judicialização”, afirmou Freitas.

Donna Hrinak elogiou o programa de concessões de aeroportos que vem sendo implementado pelo Governo Brasileiro e previu que até 2038 será necessário produzir 44 mil aviões (de transporte e de carga) em todo o mundo. Desse total, 56% serão novos aviões e o restante substituirá aeronaves que deixarão de ser utilizadas. “O maior crescimento será na América do Sul, e o mercado vai exigir rotas ponto a ponto que não vão passar por cidades como São Paulo. Com isso, haverá a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura de aeroportos regionais”, aposta a executiva.

Na visão do CEO da Azul, o brasileiro ainda viaja muito pouco, em comparação com outros mercados da América Latina, como a Colômbia, o México e o Chile. “Temos que consertar isso. E vamos conseguir mudar esse cenário resolvendo o problema de infraestrutura. Mas estou muito otimista porque as oportunidades aqui são muito grandes para os investidores”, acredita John Rodgerson.

James Scriven, CEO do BID INvest, afirma que apoia os programas de governo para infraestrutura e que isso ajuda os investidores a mitigar os riscos de entrar nestes projetos. “Já atuamos no segmento de energia e estamos buscando oportunidades em outros setores como água e saneamento básico”, complementou.

O BIF conta com mais de 2 mil participantes oriundos de 45 países e que atuam em 37 setores da economia. O perfil dos inscritos inclui autoridades governamentais, empresários, investidores brasileiros e estrangeiros, startups e executivos de alto escalão de grandes corporações.

Assista à íntegra do painel “Segurança Jurídica e Agenda Anticorrupção”

Maior evento voltado à atração de investimentos da América Latina reuniu representantes de 56 países em reuniões e debates ao longo de dois dias

Terminou nesta sexta-feira (11/10), o maior evento voltado à atração de investimentos na América Latina, o Brasil Investment Forum. Ao longo de dois dias, em São Paulo, o encontro reuniu quase três mil inscritos, entre representantes de alto nível de governo e de empresas brasileiras e multinacionais de 38 setores. Circularam pelo evento profissionais de 56 países, com destaque para executivos C Level da China, Estados Unidos, Itália, Espanha e França, além do Brasil.

O BIF ocorreu pelo terceiro ano consecutivo e foi organizado pelo governo brasileiro, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Economia, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A abertura do evento foi feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e pelo presidente do BID, Luís Alberto Moreno. Também participaram do evento o Ministro Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Tereza Cristina Dias (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). O evento foi amplamente coberto pela imprensa nacional e internacional com a presença de 119 representantes da mídia.

“O BIF se consolidou neste ano como um evento de grande relevância para aproximação entre o setor privado e o governo. Houve uma ampla agenda de reuniões paralelas em que se discutiram parcerias e iniciativas para melhorar o ambiente de negócios brasileiros. O debate nos painéis também foi de alto nível e mostrou o que vem sendo feito e os desafios que ainda existem para o desenvolvimento da nossa economia”, afirma o presidente da Apex-Brasil Sergio Segovia.

Durante o BIF ocorreram dezenas de reuniões de representantes de onze ministérios e do BID com empresários, além de oito painéis e quatro sessões paralelas sobre temas como reforma no setor de energia, agenda de inserção internacional do Brasil, agronegócio, produtividade, futuro do trabalho, defesa, investimentos em infraestrutura, sistema financeiro, padrões internacionais de negócios, novas fronteiras tecnológicas, desestatização e simplificação tributária e o papel dos bancos multilaterais.

O evento também contou com espaço para atendimentos diretos ao investidor de 24 estados da federação e com a presença dos governadores Antônio Denarium, de Roraima, Marcos Rocha, de Rondônia e Mauro Mendes, do Mato Grosso e dos vice-governadores Carlos Brandão, do Maranhão, Lincoln Tejota, de Goiás e Paco Britto, do Distrito Federal.

Parcerias Apex-Brasil com ANEEL e PPI

O presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, assinou, durante o evento, Acordos de Cooperação Técnica com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e com o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil.

O acordo com a ANEEL foi assinado pelo diretor-geral da Agência, André Pepitone e com a PPI foi assinado pela Secretária Especial do PPI, Martha Seillier. As parcerias preveem a dedicação de esforços mútuos para atrair capital estrangeiro para os setores de energia elétrica e de infraestrutura, por meio da realização de atividades relacionadas à inteligência, promoção e facilitação de investimentos. Investidores estrangeiros já presentes no país também serão apoiados por meio dos acordos.

Anúncio de Investimento

Durante o evento, a Boston Scientific Corporation (BSC), empresa norte-americana fabricante de equipamentos e dispositivos médicos, anunciou o investimento em uma nova fábrica no Brasil, em Contagem (MG). A Apex-Brasil fez o atendimento ao investidor, fornecendo informações e articulando a interação com agentes governamentais para os trâmites de abertura da fábrica. Durante o evento de anúncio, também foi assinado um Protocolo de Intenções com a Apex-Brasil, prevendo o suporte da Agência à empresa ao longo da operacionalização deste investimento e de iniciativas futuras.

A Boston Scientific Corporation fatura US$ 9,8 bilhões ao ano e investe quase US$ 1 bilhão ao ano em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). A companhia desenvolve equipamentos e dispositivos médicos de alta tecnologia para diversos segmentos, contando com um portfólio com mais de 13 mil produtos nas áreas cardiovascular, neurológica, urológica, digestiva e respiratória. Conta com 32 mil colaboradores atuando em 130 países e atendendo a aproximadamente 30 milhões de pacientes ao ano no mundo todo.

Em Contagem, primeira fábrica global da Boston Scientific no hemisfério Sul, será produzido um sistema de válvula aórtica utilizado no tratamento de estenose aórtica, produto com alta tecnologia e valor agregado que utiliza o implante via cateter (sem necessidade de cirurgia de tórax aberto de alto risco associado). A expectativa é que 98% da produção seja exportada. A companhia também investiu numa outra unidade em Chapecó (SC). Os dois empreendimentos representam a geração de cerca de 600 postos de emprego.

Café da Manhã com o CEBRI

Em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Institucionais (CEBRI), a Apex-Brasil realizou na manhã do dia 11 um café da manhã para debater o engajamento da iniciativa privada e as políticas de Governo para o ingresso do Brasil na OCDE e os impactos que isso trará para a economia do País.

Estavam presentes representantes de 29 empresas, entre presidentes, diretores e relações institucionais e governamentais. Empresas como Siemens, Dow Chemical Company, IBM, Bayer e Exxon Mobil participaram do evento, aberto pelo Embaixador José Alfredo Graça Lima, Vice Presidente do CEBRI e o diretor de Negócios da Apex-Brasil, Augusto Pestana.

Mesa Redonda com o Atlantic Council

A Apex-Brasil realizou durante o BIF uma mesa redonda com integrantes do think tank americano Atlantic Council, ao qual a Apex-Brasil é afiliada. A mesa redonda reuniu membros do governo brasileiro, setor privado e sociedade civil para discussão e feedback sobre o primeiro rascunho do relatório US-Brazil 2.0: Enhancing the Bilateral Economic Relationship, estudo que será lançado em breve pelas duas instituições. O relatório será um aprofundamento do Spotlight Five Key Economic Avenues for Strengthening US-Brazil Trade and FDI, lançado em abril de 2019 que examinou as relações econômicas entre EUA-Brasil até aquele momento, os próximos passos lógicos e delineou cinco áreas de oportunidade principais para estudos adicionais, a fim de abordar as oportunidades de aproximação entre os dois países.

Acordo entre Ministério da Justiça, BNDES e BID

O Ministério da Justiça e Segurança Pública firmou acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com o objetivo de impulsionar investimentos em segurança pública. O documento foi assinado no dia 10, pelo ministro Sergio Moro, pelo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, e pelo presidente do BID, Luis Alberto Moreno durante o BIF 2019.

O acordo pretende estimular possíveis linhas de crédito para financiar programas e projetos, assim como fortalecer os mecanismos de planejamento, governança e gestão do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

Painel realizado no Brasil Investment Forum 2019 falou da necessidade de focar a atuação do estado em serviços essenciais para a sociedade

Um estado mais enxuto e eficiente, atuando em consonância com o setor privado para prover à sociedade melhores serviços essenciais. Esse é o caminho desejado pelo Governo Brasileiro, segundo os palestrantes de painel realizado na tarde desta sexta-feira (11/10) durante o Brasil Investment Forum (BIF), em São Paulo.

Com moderação de Cristina Palmaka, presidente da SAP, o debate teve a participação de Salim Mattar (Secretário Especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia), Felipe Salto (Diretor Executivo do IFI no Senado Brasileiro), Alexandre Meira Rosa (Vice-Presidente de Países do BID) e José Berenguer (CEO do JP Morgan).

Segundo Salim Mattar, as estatais são, por sua própria natureza, ineficientes. “Se você comparar o retorno do Banco do Brasil com seus pares privados, vai verificar que os rendimentos são muito piores”, afirmou. O Secretário reforçou que o Governo Brasileiro quer ampliar a competição no mercado. “Para isso, precisamos desestatizar, permitir que o mercado funcione mais livremente, sem a presença do estado. Desestatizar é tornar privado aquilo que era público. É o governo sair fora de todos os elementos da economia em que a iniciativa privada possa operar”, concluiu. Mattar apontou ainda os serviços em que considera essencial a atuação do Estado: educação, saúde, relações exteriores, infraestrutura e segurança.

Felipe Salto, Diretor Executivo do IFI no Senado Brasileiro, acredita que o caminho para cortar os gastos do Estado brasileiro também passa necessariamente por reforma administrativa e melhoria nos mecanismos de gestão. “Gasta-se muito no Brasil, mas a qualidade do serviço prestado ainda não chega ao nível desejado pela sociedade. Simplificar é o essencial”, disse.

Alexandre Rosa também criticou a ineficiência na locação entre o gasto corrente, despesas com salário e demais gastos com investimentos. “Nos momentos de expansão da economia, os gastos públicos aumentam. Quando vem a contração, só os gastos com investimento são reduzidos”. O Vice-Presidente de Países do BID também destacou que a eficiência do Estado passa pelo processo de desburocratização, planejamento, estruturação dos investimentos e desestatização mais confiante.

José Berenguer acredita que a recessão econômica de hoje é reflexo dos acontecimentos dos últimos 50 anos, onde quem acaba sofrendo são as camadas menos protegidas da população. “A escolha é muito mais prática. O fato de o governo estar ajustando as despesas faz com que a dívida seja menor. Haverá uma substituição da dívida pública por dívida privada, e isso vai ajudar no processo de financiamento dessas concessões”, complementa.

Boston Scientific, fabricante de equipamentos e dispositivos médicos, teve apoio da Apex-Brasil durante o processo de instalação da fábrica, que exportará 98% da sua produção

A Boston Scientific Corporation (BSC), empresa norte-americana fabricante de equipamentos e dispositivos médicos, anunciou hoje (11/10) durante o Brasil Investment Forum (BIF 2019) investimento de US$ 32 milhões em uma nova fábrica no Brasil, em Contagem (MG), que gerará cerca de 600 empregos (360 diretos e 240 indiretos).

O anúncio foi feito em colaboração com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) que fez o atendimento ao investidor, fornecendo informações e articulando a interação com agentes governamentais para os trâmites de abertura da fábrica.

Durante o evento de anúncio, também foi assinado um Protocolo de Intenções com a Apex-Brasil, prevendo o suporte da Agência à empresa ao longo da operacionalização deste investimento e de iniciativas futuras.

A Boston Scientific Corporation fatura US$ 9,8 bilhões ao ano e investe quase US$ 1 bilhão ao ano em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). A companhia desenvolve equipamentos e dispositivos médicos de alta tecnologia para diversos segmentos, contando com um portfólio com mais de 13 mil produtos nas áreas cardiovascular, neurológica, urológica, digestiva e respiratória. Conta com 32 mil colaboradores atuando em 130 países e atendendo a aproximadamente 30 milhões de pacientes ao ano no mundo todo.

Em Contagem, primeira fábrica global da Boston Scientific no hemisfério Sul, será produzido um sistema de válvula aórtica utilizado no tratamento de estenose aórtica, produto com alta tecnologia e valor agregado que utiliza o implante via cateter (sem necessidade de cirurgia de tórax aberto de alto risco associado). A expectativa é que 98% da produção seja exportada. A companhia também investiu numa outra unidade em Chapecó (SC) e já emprega cerca de 600 pessoas no Brasil.

“O atendimento da Apex-Brasil a esta empresa terá resultados extremamente positivos para nossa balança comercial para a imagem do país como produtor e exportador de um produto de saúde inovador”, comenta Sergio Segovia, presidente da Apex-Brasil.

“Este momento representa um importante capítulo de nossa história ao concretizarmos um importante projeto de investimento direto no Brasil”, afirma Carla Nascimbeni, Diretora Financeira da Boston Scientific.

Sobre o Brasil Investment Forum

O maior evento voltado à atração de investimentos na América Latina será realizado nos dias 10 e 11 de outubro em São Paulo. Organizado pelo governo brasileiro – por meio da Apex-Brasil, do Ministério de Economia e do Ministério de Relações Exteriores –, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Fórum de Investimentos Brasil (em inglês: Brasil Investment Forum) destacará oportunidades de investimentos em setores estratégicos da economia brasileira, como infraestrutura, energia, agronegócios, tecnologia e inovação. Esta será uma oportunidade única para discutir as melhorias no ambiente de negócios no Brasil.

São esperados para o BIF cerca de 1.500 participantes entre executivos de grandes empresas, formadores de opinião, representantes de alto escalão do governo, investidores estrangeiros e empresários brasileiros. Para se ter uma ideia da relevância do evento, na edição 2018 estiveram presentes convidados estrangeiros de mais de 48 países. Noventa por cento do público presente era oriundo do setor privado.

O Fórum foi inaugurado pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, e pelo Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Sr. Luis Alberto Moreno. Também participam como palestrantes os Ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça), Bento Costa L. Leite (Minas e Energia), Tereza Cristina Dias (Agricultura,Pecuária e Abastecimento), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).

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O segundo dia do Brasil Investment Forum dedicou um painel para debater os novos rumos do sistema financeiro no Brasil, o protagonismo do país na área de Fintechs, e as medidas que devem ser tomadas para dar ainda mais segurança aos investidores privados.

Como dar condições para o Brasil se modernizar de forma inclusiva, competitiva e transparente foi o eixo central das discussões ocorridas no painel “Democratização do Sistema Financeiro: Agenda #BC”, que reuniu representantes do setor público e privado durante o Brasil Investment Forum, que está em seu segundo dia de realização (11 de outubro), em São Paulo.

Henrique Bredda, gestor do Fundo Alaska, mediou as discussões, instigando os participantes a debaterem os rumos que o país precisa tomar e o que vem sendo feito para que o sistema financeiro favoreça o crescimento do país e torne o Brasil ainda mais atrativo para os investidores internacionais. O painel contou com a participação do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, Sérgio Furio, presidente da Creditas, David Vélez, sócio fundador do Nubank, Willem Sutherland, CEO do ING Bank e Octávio de Lazari Junior, CEO do Bradesco.

Campos Neto destacou que o Brasil pretende se modernizar nos próximos anos, tornando o sistema brasileiro mais inclusivo, competitivo, transparente e dando mais educação financeira à população. “Nos próximos anos, o microcrédito deverá ser estimulado, bem como o cooperativismo. Vamos incentivar essas modalidades de acesso a crédito, além de trabalhar para remover o entulho histórico e burocrático de fazer uma transação em outra moeda no Brasil”, disse. “Outro ponto que está no radar do Banco Central é o pagamento instantâneo. Queremos um sistema pronto para executar isso no final de 2020. Estamos em metamorfose. Mas dessa vez queremos nos transformar com dinheiro privado, e não público. E vamos dar as condições para que o setor privado possa fazer isso acontecer”, pontuou o presidente do Banco Central do Brasil.

O avanço das fintechs no mercado brasileiro foi o principal tema trazido pelo CEO da Creditas, Sérgio Furio. Ele ressaltou o aumento de consumo de crédito pela classe média brasileira. “Atualmente é muito mais barato consumir crédito no Brasil, pois os juros têm caído e, com o aumento de atores do sistema financeiro e avanço das fintechs, isso se torna mais fácil”, disse ele. “Não precisa haver uma dicotomia entre bancos e fintechs. As duas empresas têm formas diferentes de atuar e o Banco Central brasileiro viu oportunidade em regulamentar as fintechs e dar um novo fôlego ao sistema financeiro brasileiro, agindo acertadamente”, avaliou.

David Vélez, sócio fundador do Nubank, trouxe para a mesa de discussão a importância de o Brasil ter mais atores no sistema financeiro. Ele lembrou do motivo que o fez empreender: a dificuldade de abrir uma conta bancária quando chegou ao Brasil. Para ele, o foco no cliente é a fórmula de sucesso que levou o Nubank a conquistar um milhão de clientes em apenas dois anos. A meta era chegar a esse patamar em cinco anos. Atualmente o Nubank tem mais de 15 milhões de clientes. “Acredito que mais concorrência traz melhores preços e mais vantagens para o consumidor. Precisamos de três anos para ganhar licença de financeira, mas conseguimos e temos como proposta criar um novo relacionamento com o consumidor. Estamos crescendo dessa forma. O mercado brasileiro tem muitas oportunidades para quem está disposto a derrubar mitos”, contou.

A importância da transparência e da segurança regulatória foi o eixo da fala de Willem Sutherland, CEO do ING Bank, quinto maior banco da Europa. Segundo ele, o ING vem investindo muito em tecnologias disruptivas voltadas para a oferta de serviços online e fintechs, mantendo a simplicidade de seus produtos e a previsibilidade de custos para o consumidor e o investidor. “O ministro Paulo Guedes (Economia) mencionou acertadamente ontem aqui no BIF que há muito capital disponível no mundo. E, ao ouvir os painéis nesses últimos dois dias de evento, dá para perceber que o país está no caminho certo. É preciso ter confiança nos atores locais para que o investidor sinta segurança para trazer seu capital para cá. Transparência e segurança regulatória são dois elementos-chave”, destacou. “Acredito que o país tem se movido no rumo certo, aumentando a transparência e a atratividade para os investidores internacionais”, opinou.

As novas tecnologias e os avanços que isso traz para o consumidor e seus impactos no modelo de negócio dos bancos foram os destaques trazido pelo CEO do Bradesco, Octávio de Lazari Junior. “Discussão de novas tecnologias não é moda, é fato. E é muito sadia. Estamos todos nos preparando para um novo modelo de negócio no Brasil e no mundo, em que a rentabilidade dos bancos será menor, mas surgirão novas oportunidades de negócios. Isso é muito sadio para o Brasil e para o povo brasileiro e é importante que essa abertura do mercado esteja sendo incentivada pelo Banco Central”, disse Lazari Junior.

O presidente do Banco Central fechou o painel reforçando que as mudanças são importantes porque fazem parte de um projeto de governo em que o Estado apenas dará as condições necessárias para o setor privado promover as mudanças que a sociedade precisa, atendendo aos consumidores, com liberdade econômica. “O papel do governo não é dizer o que tem que ser feito, é promover a regulação saudável do mercado para que as empresas possam atender com presteza aos desejos dos consumidores brasileiros”, encerrou.

Confira a íntegra do painel aqui:

O Ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi palestrante em sessão especial do Brasil Investment Forum 2019, nesta sexta-feira (11/10), em São Paulo. Na ocasião, o ex-comandante da Lava Jato falou sobre o tema de Segurança Jurídica e Agenda Anticorrupção e destacou a forte relação entre justiça, segurança púbica e ambiente de negócios no país.

Em sua apresentação, Moro deu ênfase ao enfrentamento da corrupção que vem sendo feito pelo governo. “A corrupção é como areia nas engrenagens. Ela afasta os investimentos públicos e a concorrência leal. O mercado quer previsibilidade e segurança”, comentou. 

O ministro detalhou as iniciativas que estão sendo adotadas para a redução da taxa de criminalidade no país, tais como o Pacote AntiCrime. “O crime cresceu no Brasil durante 20 anos, mesmo durante períodos de prosperidade econômica. Ou seja, não existe uma correlação tão clara entre o aumento do PIB e a diminuição da criminalidade. Mas isso só não basta, um dos grandes problemas é o problema da impunidade, que estamos combatendo”, disse.

“Existe um grande caminho a ser percorrido, mas precisamos do apoio do setor privado, seja para realizar os investimentos que o estado não tem mais condição de fazer, seja porque a presença do setor privado leva a um ganho de eficiência”, comentou Moro.  “Temos de avançar institucionalmente como país contra a corrupção, contra o crime organizado e contra a criminalidade violenta”, concluiu.

O BIF conta com mais de 2 mil participantes oriundos de 45 países e que atuam em 32 setores da economia. O perfil dos inscritos inclui autoridades governamentais, empresários, investidores brasileiros e estrangeiros, startups e executivos de alto escalão de grandes corporações.

Assista à íntegra da apresentação do Ministro Sérgio Moro no BIF:

A Apex-Brasil, em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), realizou na manhã do dia 11 de outubro um café da manhã para empresas internacionais, com o objetivo de debater o engajamento da iniciativa privada e as políticas de Governo para o ingresso do Brasil na OCDE e os impactos que isso trará para a economia do País.

Estavam presentes representantes de 29 empresas, entre presidentes, diretores e relações institucionais e governamentais. Empresas como Siemens, Dow Chemical Company, IBM, Bayer e Exxon Mobil participaram do evento, aberto pelo Embaixador José Alfredo Graça Lima, Vice Presidente do CEBRI.

O Diretor de Negócios da Apex-Brasil, Augusto Pestana, ressaltou o esforço conjunto que vem sendo empreendido para aprimorar a atuação da Apex-Brasil no apoio ao exportador e ao investidor, tornando-a uma agência de destaque entre as agências globais de promoção de exportações e atração de investimento.

Participou do evento o Subchefe de Ação Governamental da Casa Civil da Presidência da República, Marcelo Barros, que falou sobre a importância do Estado ser menos presente na economia, mas sem que isso torne o Estado menos forte: “um Estado forte significa melhores política públicas, e esse é o esforço que o Governo tem estabelecido”. Barros também sugeriu aos empresários que eles conheçam mais detalhadamente os processos de formulação de políticas de governo, e que se faça uma grande mobilização em prol de um relacionamento saudável entre sociedade, iniciativa privada e governo. Sandra Rios, Senior Fellow do CEBRI, falou sobre a atuação da OCDE e as condições para ingresso do Brasil.


Acordo assinado nesta sexta-feira (11/10) por Apex-Brasil e PPI
divulgará projetos para investidores estrangeiros de maneira estruturada e priorizada por setor e mercado

Posicionar o Brasil como destino de investimentos estrangeiros para projetos de infraestrutura é um dos principais objetivos do acordo de cooperação técnica assinado nesta sexta-feira (11/10) em São Paulo pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Atração de Investimentos (Apex-Brasil) e o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil.

A parceria prevê a dedicação de esforços mútuos para atrair capital estrangeiros para o setor de infraestrutura brasileiro priorizados pelo PPI por meio da realização de atividades relacionadas à inteligência, promoção e facilitação de investimentos. Investidores estrangeiros já presentes no paí também serão apoiados por meio do trabalho conjunto de Apex-Brasil e PPI.

O acordo foi sacramentado pelo presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, e pela Secretária Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, durante a 3ª edição do Brasil Investment Forum (BIF). “A parceria permitirá divulgarmos projetos do PPI para investidores estrangeiros de maneira estruturada e priorizada por setor e mercado. Além disso, fortalecerá a imagem da Apex-Brasil como ponto de referência e fonte de informação para investidores estrangeiros que buscam negócios no Brasil”, acredita Segovia.

“Esse acordo vem fortalecer ainda mais a agenda do PPI com toda a inteligência comercial e abrangência das ações da Apex-Brasil. O próprio BIF é um exemplo de como a parceria da Apex com o PPI pode alavancar ainda mais a visibilidade e compreensão da nossa carteira”, afirma Martha Seillier.

Sobre o Brasil Investment Forum

O maior evento voltado à atração de investimentos na América Latina ocorre nos dias 10 e 11 de outubro em São Paulo. Organizado pelo governo brasileiro – por meio da Apex-Brasil, do Ministério de Economia e do Ministério de Relações Exteriores –, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Fórum de Investimentos Brasil (em inglês: Brasil Investment Forum) destaca oportunidades de investimentos em setores estratégicos da economia brasileira, como infraestrutura, energia, agronegócios, tecnologia e inovação.

Participam do BIF cerca de 1.500 participantes entre executivos de grandes empresas, formadores de opinião, representantes de alto escalão do governo, investidores estrangeiros e empresários brasileiros. Para se ter uma ideia da relevância do evento, na edição 2018 estiveram presentes convidados estrangeiros de mais de 48 países. Noventa por cento do público presente era oriundo do setor privado.

O Fórum foi inaugurado pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, e pelo Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Sr. Luis Alberto Moreno. Também participaram o Ministro Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça), Bento Costa L. Leite (Minas e Energia), Tereza Cristina Dias (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).

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Painel realizado no Brasil Investment Forum apontou a necessidade de investimentos em educação e novas tecnologias para impulsionar o desempenho das empresas

A importância de investir em educação para qualificar ainda mais os profissionais, o desenvolvimento de tecnologias de ponta e, claro, a necessidade de implementar reformas que melhorem o ambiente produtivo nas empresas. Com esses temas em destaque, o painel “A produtividade no centro da agenda econômica” reuniu representantes do setor público e privado durante o Brasil Investment Forum, que está sendo realizado em São Paulo nos dias 10 e 11 de outubro.

O mediador foi Ludger Schuknecht, Secretário Geral Adjunto da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que provocou os palestrantes a falarem sobre os desafios a serem vencidos para alcançar o aumento da produtividade nas empresas ao longo dos próximos anos.

Caio Megale, Secretário Especial da Produtividade, Emprego e Competitividade Substituto no Ministério da Economia, destacou os pilares em que o órgão almeja fomentar a produtividade: boa infraestrutura, bom funcionamento dos mercados, capital humano e desburocratização do ambiente de negócios. “Temos que desenvolver estratégias que abordem e atraiam o setor privado, diferentes modos de financiamento, de forma a ter a capacidade para fazer todas essas coisas sem o suporte governamental”, explicou.

José Acosta, Presidente da Americas UPS, reforça a necessidade de as empresas passarem por um processo de digitalização. “Ainda se usa muito papel. Precisamos trocar as coisas que fizemos no passado. A transformação digital faz com que você resolva rapidamente problemas que você as vezes levaria uma década”, aposta.

Já o presidente da KPMG Brasil e na América do Sul, Charles Krieck, acredita que os investimentos em infraestrutura, a reforma tributária, novos ajustes na legislação trabalhista e incentivos à educação são imperativos para a obtenção de ganhos de produtividade. “Sobretudo, precisamos investir fortemente no ensino profissionalizante. Temos competência pra treinar as pessoas a desenvolverem determinadas atividades na indústria e no comercio. A curto prazo é uma medida importante. A médio prazo é preciso olhar as universidades”, recomenda.

A aposta em treinamentos, capacitações e no ensino também foram apontados como essenciais por Dirk Ahlborn, CEO da Hyperloop Transportation Technologies. “Gostaria de ver muito mais idiomas falados aqui no Brasil. Mas o capital humano que encontramos aqui no País é fantástico. O que também acho realmente necessário é incentivar a inovação, sentar junto às empresas e ouvi-las”, explica.

Bader Hareb, CEO da Emaar Properties PJS, falou sobre a evolução da produtividade nos Emirados Árabes Unidos, país onde fica a sede da empresa que atua com grandes empreendimentos imobiliários. “A diversificação é a chave para o nosso sucesso devido ao fato de que a cultura dos Emirados está em constante mutação. O governo local criou um ambiente que possibilitou à Emaar prosperar, e para isso é fundamental que os setores público e privado andem de mãos dadas”, contou.

Confira a íntegra do painel aqui: