O primeiro painel do Brasil Investment Forum 2019, realizado no dia 10 de outubro com o tema “A Reforma do Setor de Energia: mais concorrência para estimular a oferta e a inovação” abordou oportunidades de investimento no país para desenvolvimento do setor de energia, a partir de questões como o avanço das tecnologias, a transição da matriz energética e a riqueza de fontes renováveis que há no Brasil, os leilões do setor elétrico e a regulação do setor.
Moderado por André Clark Juliano, CEO da Siemens, o painel contou com a presença de Marisete Pereira, secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia (MME), Gustavo Montezano, presidente do BNDES, Francesco Starace, CEO da ENEL, Jean Michel Lavergne, VP Americas da Total e José Ignácio Sánchez Gálan, CEO da Iberdrola.
O CEO da ENEEL, Franscesco Starace, destacou que há três pontos que a multinacional considera quando direciona seus investimentos e o Brasil atende a todos eles. “A primeira é que o país deve ter pelo menos duas boas fontes de energia renovável. E o Brasil tem não apenas duas, tem todas elas. A segunda é o equilíbrio entre oferta e demanda e a terceira é um sistema regulatório que possamos entender e confiar. O Brasil é exemplo de um regulador que conhece seu país que é extremamente complexo e variado geograficamente”, comentou.
Ao falar sobre a modernização do setor elétrico, Marisete afirmou que a divisão do pagamento pela segurança do sistema é um dos desafios do MME para a execução do novo modelo do setor elétrico. A secretária explicou que o Ministério segue dialogando com os governos estaduais na busca por harmonização regulatória para o desenvolvimento do mercado de gás.
Já o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, abordou a questão do crédito para o setor e tratou, especificamente, da questão do mercado de gás: “O BNDES vai apoiar (o mercado de gás) seja com crédito, seja com serviço de estruturação, seja com modelagem de projeto”, afirmou.
Segundo ele, o banco de fomento pretende daqui pra frente atuar fazendo não só o crédito que já faz hoje. “Vamos continuar fazendo crédito, não acabou o dinheiro do BNDES. Só queremos fazer com mais capital privado junto com a gente, adicionando essa capacidade de modelagem de projetos e assessoria para o Estado brasileiro”, enfatizou.
Montezano disse que o País vive o melhor momento para investir e empreender. “Não só no setor elétrico, mas em toda a matriz econômica”, frisou. “O BNDES vai manter o papel de protagonista na história do desenvolvimento energético do país”, ressaltou, lembrando que o Banco já é atualmente “o maior financiador de energia limpa do mundo”. Ainda de acordo com o presidente, o BNDES tem “expertise e know-how histórico com capacidade de processar todo o fluxo de financiamento verde que está surgindo no Brasil”.